Entrei sem expectativas na sala de cinema. Olha, confesso que foi interessante a experiência, não estava esperando gostar do longa. Desde o lançamento do primeiro filme da franquia Transformers em 2007, dirigido por Michael Bay, os fãs têm acompanhado a evolução dos Autobots e Decepticons nas telonas. Com altos e baixos ao longo dos anos, a saga de robôs alienígenas que se transformam em veículos e outras máquinas ganha agora uma nova vida com “Transformers: O Despertar das Feras”. Mas será que isso foi inovador para a franquia? Sou suspeito para falar que talvez. O que posso realmente concordar, é que esta foi uma reformulação que me chamou a atenção em diversos aspectos da produção, elenco e história. 

Em “Transformers: O Despertar das Feras”, uma nova ameaça capaz de destruir todo o planeta surge fazendo com que Optimus Prime e os Autobots se unam a uma poderosa facção de Transformers conhecida como Maximals para salvar a Terra. Além disso, temos Noah (Anthony Ramos) e Elena (Dominique Fishback) como aliados humanos nesta luta contra forças de outros mundos.

Uma produção de alta qualidade

A gente sabe que a franquia Transformers sempre foi conhecida por suas sequências de ação e efeitos visuais impressionantes, principalmente na hora do carro virar robô e vice-versa. Em “Transformers: O Despertar das Feras”, a equipe de produção eleva o nível, entregando cenas de batalha épicas e transformações de tirar o fôlego. Quem é fã da série certamente ficará satisfeito com o espetáculo visual, quem não é (eu), também. 

Transformers: O Despertar das Feras é bom, diverte mas não inova nem impressiona | Confira a Crítica no {Des}Construindo o Verbo Por Erick Sant Anna
Transformers: O Despertar das Feras/Paramount/Divulgação

Já o roteiro do filme, o que podemos falar? Acredito que consegue equilibrar a ação, drama e humor de forma eficiente, sem deixar que um aspecto ofusque o outro. Os momentos de drama principalmente, achei muito potentes e que realmente entregam uma jornada do herói básica, nada muito aprofundado, mas assertivo. A direção também merece destaque, pois consegue extrair o melhor dos atores e da equipe técnica, resultando em um filme coeso e envolvente. E de fato consegui acompanhar até o fim sem ter pressa de terminar. 

Apresentando: Mirage e os Maximals

Transformers: O Despertar das Feras é bom, diverte mas não inova nem impressiona | Confira a Crítica no {Des}Construindo o Verbo Por Erick Sant Anna
Transformers: O Despertar das Feras/Paramount/Divulgação

Mirage, você foi luz. Mirage é o nome dele, o Autobot dono de “toda a cena” do longa, apaixonando pelo seu carisma e humor contagiantes. Além disso, Mirage nos trouxe uma dose de drama muito lindo de se ver. E eu lá vou chorar por robô? Vou sim. E vem cá, não gosto de fofoca, longe de mim, mas vamos falar do Bumblebee? Nunca me cativou, acho ele forte, mas não é dono do maior carisma, não.

Transformers: O Despertar das Feras é bom, diverte mas não inova nem impressiona | Confira a Crítica no {Des}Construindo o Verbo Por Erick Sant Anna
Transformers: O Despertar das Feras/Paramount/Divulgação

Agora falando um pouquinho da inovação na franquia: os Maximals. Você deve estar se perguntando, que doidera é essa? Eu não sei te explicar, só vendo pra crer. Mas considero interessante a proposta de trazer mais personagens para agregar à franquia, que chegou no ponto de ficar saturada. O “Nossa, transformers existe ainda?” é um clássico que ouço falar. Mas vamos dar uma chance, gente, vamos nos permitir viver novas histórias. Nem tanto aprofundadas para o os Maximals, de fato, o que acho um desperdício pois a ancestralidade desses personagens poderia pesar ainda mais a narrativa.

Os protagonistas? Donos de um carisma imenso 

Transformers: O Despertar das Feras é bom, diverte mas não inova nem impressiona | Confira a Crítica no {Des}Construindo o Verbo Por Erick Sant Anna
Transformers: O Despertar das Feras/Paramount/Divulgação

Eu li algumas críticas em outros sites e fiquei me perguntando “por qual motivo quase ninguém está falando da presença marcante de Anthony e Dominique no longa?”. A resposta a gente já sabe. Acredito que temos duas revelações nascendo no cinema com um carisma inigualável. De um lado, Anthony Ramos, que recebe um protagonismo merecido ao interpretar Noah; e Dominique Fishback, nossa maravilhosa Dre da série Enxame (2023), que interpreta a maravilhosa Elena (alô, mamãe bey, tá vendo isso?). 

Transformers: O Despertar das Feras é bom, diverte mas não inova nem impressiona | Confira a Crítica no {Des}Construindo o Verbo Por Erick Sant Anna
Transformers: O Despertar das Feras/Paramount/Divulgação

Juntos, Elena e Noah são os personagens que criam um vínculo humano com os Transformers e Maximals, trazendo muito mais que um protagonismo vertical para a história. Os atores são a cereja do bolo da produção, entregando uma atuação cheia de identificação, drama, boas risadas e um carisma potente. 

Transformers: O Despertar das Feras é bom, diverte mas não inova nem impressiona | Confira a Crítica no {Des}Construindo o Verbo Por Erick Sant Anna
Transformers: O Despertar das Feras/Paramount/Divulgação

Sou suspeito para falar de Dominique, já que me apaixonei por ela desde a primeira vez que a vi nas telinhas neste ano. Ao me deparar com Anthony, temos uma química sem tamanho, e que lindo ver um casal preto dominando as telas do cinema, em uma franquia que sempre foi majoritariamente branca. Isso importou de verdade. 

Nostalgia e conexão com a franquia

O filme faz várias referências aos filmes anteriores e à série animada, o que certamente agradará aos fãs de carteirinha (que não sou eu, claro). Além disso, “Transformers: O Despertar das Feras” consegue se conectar de forma orgânica aos outros filmes da franquia, sem parecer forçado ou desnecessário. Afinal, o que mais temos por aí são longas que não conseguem ser naturais na hora de referenciar, deixando as cenas engessadas e passando dos limites.

Mas e aí, vale a pena dar uma chance para Transformers: O Despertar das Feras?

Transformers: O Despertar das Feras é bom, diverte mas não inova nem impressiona | Confira a Crítica no {Des}Construindo o Verbo Por Erick Sant Anna
Transformers: O Despertar das Feras/Paramount/Divulgação

O que importa dizer é que não estou aqui para agradar críticos, então se você quer saber se vale a pena assistir, sim, vale. Adorei a experiência e é um longa para se divertir despretensiosamente e de quebra ficarmos apaixonados por Anthony Ramos e Dominique Fishback. Neste caso, Anthony arrebatou corações (o meu no caso) com seu olhar carinhoso e sincero. 

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Confira abaixo o trailer oficial legendado de Transformers: O Despertar das Feras (2023), que estreia nos cinemas nesta quinta, 08 de Junho de 2023. 

Escrito por

Alison Henrique

Publicitário, Empresário, Dançarino, Cantor, Estudante de Filosofia e, claro, APAIXONADO por Cinema, Arte, Música e Livros. Crítico de Cinema aqui no {Des}Construindo o Verbo com muito sentimento, emoção e boas reflexões pra gente mergulhar nas obras do cinema contemporâneo. Seja Ficção, Drama, Romance, DC, Marvel, Ficção Científica, Bom, Ruim, Médio ou Péssimo. A gente sempre vai se encontrar por aqui pra discutir um pouco sobre tudo. Instagram: @alisonxhenrique.