

Dirigido por Andrew Legge, ‘Máquina do Tempo’ é um filme de ficção científica que combina elementos históricos e dilemas morais. Situado durante a Segunda Guerra Mundial, o longa acompanha as irmãs Thomasina (Emma Appleton) e Martha Hanbury (Stefanie Martini), que descobrem uma forma de interceptar transmissões vindas do futuro. O que começa como uma vantagem estratégica logo se transforma em uma questão ética complexa, colocando em xeque o impacto de suas escolhas.
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Pontos Positivos: Estética, atuações e reflexões interessantes
Por mais que a estética de filmes em preto e branco tenha seu valor, acredito que pode se tornar cansativo ver algo nesse sentido, se todo o resto não for muito incrível. No caso de ‘Máquina do Tempo’ o fato se torna justificável. O uso de técnicas de filmagem que remetem aos anos de 1930 e 1940 (época em que o filme é retratado), nesse caso, se tornam destaque.
As atuações de Emma Appleton e Stefanie Martini se destacam, conferindo profundidade às protagonistas e tornando seus dilemas mais envolventes. Além disso, o filme levanta discussões interessantes sobre o poder e os riscos do conhecimento antecipado sobre o futuro, trazendo uma camada filosófica que vai além da simples premissa de viagem no tempo.
Pontos negativos: Trilha sonora questionável, desfecho confuso e temas pouco aprofundados
Nem tudo são flores e é óbvio que tem muitas questões que me deixaram incomodada, caso contrário teria dado 5 estrelas no Letterboxd. Apesar de sua originalidade, o filme enfrenta alguns desafios narrativos. A abordagem em estilo found footage poderia reforçar a imersão, mas em alguns momentos falha em convencer completamente o espectador de que se trata de um material documental.
Outro ponto que pode gerar certa frustração é a trilha sonora e temas pouco aprofundados. Em vez de complementar a atmosfera, algumas escolhas musicais destoam do tom da história, prejudicando a experiência. E alguns debates interessantes ficam a desejar, como identidade e fluidez de gênero, que são mencionados (de certa forma), mas não explorados em profundidade, deixando um sentimento de “falta” nesse aspecto.
A reta final da trama também pode soar confusa, especialmente por conta da estrutura narrativa fragmentada. É possível que quem não der atenção extra ou assistir mais de uma vez se sinta perdido.


Conclusão: Uma viagem no tempo criativa, rápida e reflexiva
Mesmo com algumas falhas, ‘Máquina do Tempo’ é uma experiência cinematográfica única. Sua abordagem criativa e a fusão de história com ficção científica garantem um filme intrigante e que provoca reflexões. Para quem aprecia ficções científicas com um toque experimental e histórico, é uma obra que vale a pena conferir.
Sei que podem ter ficado curiosos sobre o orçamento do filme, mas não há informações exatas divulgadas, sabe-se apenas que a produção foi de baixo custo quando comparada a grandes filmes do gênero.
Achou interessante? A estreia de ‘Máquina do Tempo’ está marcada para dia 13 de março em alguns cinemas brasileiros.
Assista ao trailer de ‘A Máquina do Tempo’
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