Se você foi impactado por um mundo encantado de chocolates no reboot de 2005, com Johnny Depp, já sei que você espera um quentinho no coração de lembranças afetivas e nostalgia. Se não fosse pra sonhar com um mundo infinito de chocolates, eu nem iria dormir (só após assistir Chuck que eu não dormia mesmo, rs). Mas a gente sabe que não é só sonhar, é preciso ter esperança de um dia termos o que a gente merece, o que precisamos e o que queremos. Para um jovem da comunidade, não há sentimento maior ao ver um filme tão icônico em sua mensagem. É quase um arauto de esperança para as crianças do mundo inteiro. Pois digo que a esperança se mantém vivíssima no longa “Wonka”, que traz nossa criança interior para saborear com calma o gostinho de infância desse filme. 

Sinopse

Baseado no clássico livro de 1964 “A Fantástica Fábrica de Chocolate”, de Roald Dahl, “Wonka” veio para contar a história do jovem Willy Wonka (Timothée Chalamet) e como ele conheceu os Oompa-Loompas, embarcando na aventura de se tornar dono da maior fábrica de chocolates do mundo. 

Flui como uma fonte de chocolate 

Foto: Warner Bros. Pictures / Divulgação

Pra gente saborear cada cena e não querer mais que acabe. É como acompanhar a receita de um bom chocolate para saboreá-lo sem pressa. Wonka flui muito bem ao nos apresentar uma narrativa cheia de elementos que poderiam facilmente se perder na história, mas em vez disso, entregam uma obra riquíssima com personagens marcantes, detalhes cronológicos que agregam na obra, flashbacks cheios de afeto e outros pontos. 

Se você quer rir, está no lugar certo (e chorar também)

Com tiradas mega inteligentes, personagens marcantes e engraçadíssimos e cenas cativantes, Wonka mostra todo o seu poder através de muitos diálogos que apaixonam pelo humor muito bem pensado e desenvolvido, diria que até pensado para cada Millennial deste mundo que já sonhou com sua casinha de chocolate, um amor e dois bulldog francês.  

Foto: Warner Bros. Pictures / Divulgação

O mais impressionante deste filme é ver a intensidade de acontecimentos. Quando achamos que chega ao fim, a história vai lá e nos surpreende. Ou se achamos que tudo se perdeu, a história nos faz sorrir. Se esperamos pouco, o longa entrega muito e ainda nos emociona. Definitivamente, este não é só mais um filme bobinho. Permita-se sentir e muito.

Um musical fabuloso e bem desenvolvido 

Foto: Warner Bros. Pictures / Divulgação

E olha que tem musical que irrita e não acrescenta muito em uma história. Mas devo deixar meus parabéns para a execução das partes musicais de Wonka, que agregaram e muito no longa e deram o ritmo perfeito para a obra. Desde as letras hora envolventes, hora emocionantes, engraçadas ou vibrantes, até as performances dignas de Broadway e, principalmente, sem serem superficiais. Acredito que isso é essencial para um bom filme musical, as coisas não ficarem tediosas ou preenchendo buracos. Mais profundo, conciso e relevante. Este é o diferencial de Wonka, que te chama pra dançar em vez de flopar a pista de dança (alô, Djs ruins de Curitiba). 

Chalamet entrega uma atuação de carreiras 

Foto: Warner Bros. Pictures / Divulgação

Se Chalamet entrega alguém xoxo e sem sal em Duna, ele se redime (comigo pelo o menos) ao interpretar o memorável Willy Wonka. Se todo esse tempo Chalamet estava mais pálido que a Noiva Cadáver em seus papéis no cinema, ele traz vida e a energia do teatro ao interpretar um personagem tão único e fabuloso como Willy Wonka. Suas expressões já dizem e muito que ele não estava para brincadeira. Ele canta, dança, apaixona, comove, alegra e nos faz embarcar em todos os seus sentimentos ao apresentar um personagem que exala carisma. Chalamet mostra que é um chocolate de altíssima qualidade e mostra seu devido valor neste longa impecável. 

Um elenco cheio de peculiaridades 

Como não falar do nosso prodígio adolescente chamado Calah Lane, que interpreta Noodle na trama? Simplesmente uma injeção de carisma e a companhia perfeita para a história de Willy Wonka. 

Foto: Warner Bros. Pictures / Divulgação

Além disso, temos nomes de impacto como a nossa rainha Olivia Colman (Mrs Scrubbit), que dá um show de interpretação como vilã na história. Temos também as brilhantes atuações de Hugh Grant (Oompa-Loompa), o maravilhoso Keegan-Michael Key (Chefe de Polícia), nosso comediante favorito Rowan Atkinson (Priest), o brilhante Paterson Joseph (Slugworth), a perfeita Natasha Rothwall (Piper Benz), além de Rakhee Thakrar (Lottie Bell), Matt Lucas (Prodnose), Mathew Baynton (Fickelgruber), entre outros. 

É de chocolate que o amor é feito (e sempre deixa um gostinho de quero mais)

Wonka é pura esperança e amor, além de magia e encanto de sobra. Não é fraca nem superficial. Pasme, mas Wonka aborda até mesmo política. Quem diria que Willy Wonka faria até mais que muitos políticos por aí. Ele não tem mãe, ele não tem casa, ele não tem paz, mas tem o povo! 

Este longa fecha o ano com chave de ouro, deixa o coração quentinho e nos dá força pra gente não desistir, afinal, logo logo é 2024. Seja adulto, criança, ou adolescente, este filme é para todos compartilharmos o mesmo momento. Lembrando que a classificação indicativa é 10 anos. De resto, aceito chocolate como presente de fim de ano. 

Confira abaixo o trailer de Wonka (2023), que estreia nos cinemas nesta quinta-feira, 07 de Dezembro de 2023.


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Escrito por

Alison Henrique

Publicitário, Empresário, Dançarino, Cantor, Estudante de Filosofia e, claro, APAIXONADO por Cinema, Arte, Música e Livros. Crítico de Cinema aqui no {Des}Construindo o Verbo com muito sentimento, emoção e boas reflexões pra gente mergulhar nas obras do cinema contemporâneo. Seja Ficção, Drama, Romance, DC, Marvel, Ficção Científica, Bom, Ruim, Médio ou Péssimo. A gente sempre vai se encontrar por aqui pra discutir um pouco sobre tudo. Instagram: @alisonxhenrique.