Talvez ela seja a junção de um cover impecável de Sabrina Carpenter (segundo o portal de notícias BCharts), com a imponência de Scarlett Johansson e o psicológico abalado de Juju Carente (2011), que inclusive entregava carência e sadismo na mesma medida, podendo ser facilmente eleita a boneca mais psicopata do Brasil nos anos de ouro do Comédia MTV. Brincadeiras à parte, o certo é que Tiffanny, a falecida noiva de Chucky, nunca chegará aos pés do carisma de M3gan. E ainda há boatos que Annabelle voltou pra casa e nunca mais saiu de lá após o anúncio de sua sucessora. Será que temos uma rivalidade nascendo? Só a tecnologia irá dizer, já que a internet insiste em dizer que, enquanto Annabelle se escora na magia negra e em maldições, M3gan usa processadores de última geração para destruir a vida de qualquer um através da tecnologia – que sua Alexa não saiba dessa história. 

O equilíbrio perfeito entre comédia, terror e crítica social 

Para quem gosta de Black Mirror, este é um prato cheio. M3gan chega a arrepiar no modo como traz uma crítica social de impacto sobre a evolução e o uso da tecnologia no dia a dia e como esta afeta nossas vidas. Pra quem não conhece, este é um gênero chamado Horror tecnológico (tech-horror), que traz a tecnologia como fonte principal do terror. Algo como se sua Alexa quisesse te matar. 

O vislumbre assustador do futuro tecnológico se complementa perfeitamente aos absurdos que o longa nos apresenta, trazendo um viés humorístico capaz de gerar gostosas gargalhadas. M3gan trabalha muito bem com todos os elementos. No roteiro, utiliza uma cronologia de acontecimentos bastante linear e nada cansativos, além de desenrolar muito bem a história e colocar tudo em seu devido timing

Com 1h42 minutos de duração, M3gan conta a história na medida certa e no ritmo certo. Acredito que não seria preciso mais, já que lidamos aqui com uma narrativa de certa forma um pouquinho previsível, mas que impressiona pela qualidade na entrega da obra final. 

Nem só de dancinhas do Tik Tok vive essa bonequinha – que não sabe brincar 

Quem disse que nossa protagonista, M3gan, não é uma estrela completa. M3gan brilha na atuação ao confrontar as emoções humanas e mostrar que o seu código fonte não é pouca coisa não, viu? Ela possui carisma e não é de uma porta. Simplesmente chega a ser absurdo o quão bem foram trabalhadas as expressões, movimentos, feições e outras características que chegam a assustar por deixar M3gan com uma realidade tão palpável. 

Além de entregar vocais dignos de #1 nas paradas – claro, com um merecido debut e quem sabe futuramente um feat com nossa Lady Leste, Gloria Groove –, M3gan mostra que não veio ao mundo para ser uma mera babá. Ela sabe assustar na calada da noite, julgar e jogar coisas de 2010 na sua cara e, principalmente, entregar um filme de terror que a internet estava precisando e implorando. Seu viral no Tik Tok já mostra que nossa estrela ainda tem muito pra dançar nos challenges. Wandinha que se cuide. Vai desbancar Tubarão Te Amo fácil fácil. 

M3gan aposta na personalidade e exclui comparações 

Digo com tranquilidade que não há espaços para comparações com Chucky e outros bonecos assassinos. Talvez tenhamos um paralelo por conta do terror cômico que o longa também promove, já que temos a junção do terror também com a comédia. Mas nada se compara a inovadora M3gan, que traz uma personalidade bastante peculiar e bem formada, além de uma autenticidade no modo como se posiciona frente aos acontecimentos. 

M3gan impressiona, gera hype e será a queridinha tech-horror

Alguém duvida? Pois duvide aí na sua casa. Mesmo antes de chegar aos cinemas, M3gan já conquistou uma legião de fãs com seu gingado. Nossa doll emblemática entregou muita simpatia e despertou interesse de quem ama um filme de terror na mesma medida em que ama uma nova diva pop para exaltar e lutar por seu #1 nos Charts. Só digo que não vai ser difícil se apaixonar por esta boneca robótica que nasceu para criar uma relação de amor e vingança cibernética com seus fãs.

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Confira abaixo o trailer oficial de M3gan (2023), que estreia nos cinemas nesta quinta, 19 de Janeiro de 2023. 

Escrito por

Alison Henrique

Publicitário, Empresário, Dançarino, Cantor, Estudante de Filosofia e, claro, APAIXONADO por Cinema, Arte, Música e Livros. Crítico de Cinema aqui no {Des}Construindo o Verbo com muito sentimento, emoção e boas reflexões pra gente mergulhar nas obras do cinema contemporâneo. Seja Ficção, Drama, Romance, DC, Marvel, Ficção Científica, Bom, Ruim, Médio ou Péssimo. A gente sempre vai se encontrar por aqui pra discutir um pouco sobre tudo. Instagram: @alisonxhenrique.