Eu não sei vocês, mas desde que passamos a viver em um pseudo-apocalipse evitei ao máximo histórias distópicas sobre o fim do mundo e passei a consumir histórias leves, bobas e despretensiosas. Foi aí que nesta semana estreou no catálogo da Netflix “Amor e Monstros”, um filme que traz a temática do apocalipse, mas com uma abordagem sobre o crescimento do ser humano, de uma forma simples, divertida e muito competente.
No primeiro momento, “Amor e Monstros” me lembrou muito Zumbilândia e foi exatamente esse motivo que me fez interessar pelo filme e o Dylan O’Brien, é claro. Aqui, no lugar de zumbis, temos anfíbios e insetos mutantes que surgiram após a destruição de um meteoro que estava a caminho da Terra, as bombas que foram jogadas acabaram liberando resíduos tóxicos no planeta, provocando mutações em alguns animais, transformando-os em criaturas gigantes, sanguinárias e que causaram a extinção de 95% dos seres humanos.
No meio desse caos vive Joel Dawson(Dylan O’Brien), um jovem apaixonado que vive junto com um pequeno grupo de sobreviventes no subsolo, já que as criaturas tomaram a superfície. Após sete anos vivendo dessa forma, mesmo sendo nada habilidoso, Joel decide sair do abrigo e ir encontrar a namorada que está a mais de 135 km de distância.
Um filme sobre amadurecimento
O primeiro grande mérito de “Amor e Monstros” é sair um pouco do comum de histórias apocalípticas, é normal que essa temática, um pouco já batida inclusive, esteja vinculada aos gêneros de terror, suspense ou para o humor meio galhofas. Embora o filme tenha momentos muito bons que trabalham esses gêneros, aqui temos quase que um road-movie focado no crescimento do personagem.
Joel é aquele típico personagem medroso, inseguro e levemente ingênuo, a sua jornada pelo mundo, agora desconhecido, desenvolve não só o seu extinto de sobrevivência, mas no seu crescimento como pessoa. Para quem assistiu Teen Wolf é um pouco difícil não associar Joel a Styles, além de ambos serem interpretados por Dylan O’Brien, os personagens têm muito em comum e os seus desenvolvimentos são muito parecidos, inclusive com um mesmo ponto de partida: a paixão por uma garota.
Puro suco do carisma
“Amor e Monstros” pode ser descrito como um filme divertido, despretensioso e principalmente carismático. Se você já acompanhou antigos trabalhos do Dylan O’Brien sabe que além de ser um ator bastante competente, ele é muito carismático e sempre rouba a cena. O ponto aqui é que ele não carrega o carisma sozinho. A maioria dos personagens que ele encontra durante sua jornada, são o puro suco do carisma e isso inclui um cachorro, um robô e um caranguejo gigante.
Os efeitos especiais também são um outro ponto forte em “Amor e Monstros”. É muito comum que filmes onde há criaturas assustadoras, sejam sombrios e escuros, para que não seja preciso mostrá-las e isso não acontece aqui. “Amor e Monstros” é um filme muito solar e grande parte das cenas com monstros são de dia, é possível enxergar cada detalhezinho e até mesmo as texturas deles. Não é à toa que o filme está indicado ao Oscar de melhores efeitos visuais.
Se você está procurando um filme divertido para distrair a cabeça nesses tempos difíceis, “Amor e Monstros” é a pedida certa.
Assista o trailer de “Amor e Monstros”
Ficha Técnica Amor e Monstros
Nome Original: Love And Monsters
Direção: Michael Matthews
Roteiro: Brian Duffield, Matthew Robinson
Elenco: Dylan O’Brien, Jessica Henwick, Michael Rooker, Dan Ewing, Ariana Greenblatt, Ellen Hollman, Tre Hale, Pacharo Mzembe, Senie Priti, Amali Golden, Te Kohe Tuhaka, Tasneem Roc, Thomas Campbell, Joel Pierce, Melanie Zanetti, Bruce Spence, Hazel Phillips, Miriama Smith, Andrew Buchanan, Tandi Wright
Que artigo fantástico, trazer essa resenha do filme faz com que possamos tirar um pouco das duvidas, se o filme é realmente legal e envolvente. Adorei!