

Se tem tambor, tem história. Se tem dança, tem corpo contando o que o livro nunca ousou escrever. Nos dias 10 e 11 de maio, Curitiba vai pulsar no ritmo do Afropop Fest, o primeiro festival de dança e percussão afropop da cidade. A parada é no Memorial de Curitiba, com programação 100% gratuita e uma curadoria que parece ter sido feita pra cutucar a alma e levantar o corpo.
Não é só mais um evento. O Afropop Fest chega como manifesto vivo de resistência e celebração da cultura afro-brasileira. E faz isso com música, dança, performance, feira de artesanato, oficinas e, principalmente, com nomes que carregam no batuque a memória de quem veio antes — e a ousadia de quem tá pavimentando o agora.
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O que é o Afropop Fest?
O Afropop Fest é o primeiro festival de dança e percussão com foco no afropop em Curitiba. Idealizado por Adilto Black, o evento nasce com o propósito de reunir arte, cultura e ancestralidade em dois dias gratuitos, abertos ao público, com oficinas, apresentações, feira afro e muita música para dançar com os pés e com a alma.
A proposta vai além do entretenimento: o festival é uma resposta — artística, política e estética — à invisibilidade das expressões negras. Um resgate. Um recomeço. Um manifesto. E também uma baita festa.
Por que você deveria colar no Afropop Fest?
Porque o line-up é de responsa. Tem o Bloco Princesas do Ritmo, percussão só com mulheres negras. Tem Pagodão Bahiano com Adailton Swing, pra lembrar que quebradeira também é herança ancestral. Tem o mestre Jackson, figura-chave do Olodum e do Samba Reggae, em show e oficina. E tem Adilto Black, idealizador do evento, botando pra quebrar com seu show de Afropop, Afro Reggae e Pagodão. Isso sem contar Fernanda Sambadeira, Emerson Groove, Felipe Barão, Sil Duarte, Djanko Camara e uma galera que não tá ali pra entreter — tá pra incendiar.
Oficinas? Sim. E com Dashiki de brinde
Durante o Afropop Fest, vai rolar uma série de oficinas abertas ao público: dança afro, samba, pagodão, percussão, Breaking com pegada ancestral, terapia com ritmo da Guiné… Cada oficina tem uma hora e meia de duração e quem participar ainda leva pra casa uma Dashiki exclusiva. As vagas são limitadas e as inscrições rolam pelo Sympla. Não dá pra dormir no ponto.
Tem oficina de:
- Tambores de Rua
- Afropop
- Pagodão Bahiano
- Ritmos Afro Baianos
- Dança Africana
- Samba Passos de Discotecas
- Terapia Malinke
- Resistência Feminina no Breaking
Feira afro, DJs, acessibilidade e presença digital
Pra além dos palcos, o Afropop Fest também movimenta a economia criativa preta com uma feira de artesanato afro: roupas, acessórios, brinquedos, quadros — tudo feito por mãos pretas. No som, tem Mitay e DJ C-Rock, que já abriram até pra Racionais MC’s. E sim, o evento é inclusivo: tem intérprete de Libras, audiodescrição, cadeiras de rodas e assentos pensados pra corpos diversos.
O Afropop Fest é viabilizado pela Lei Paulo Gustavo, com apoio da Secretaria de Estado da Cultura do Paraná e do Ministério da Cultura. E a melhor parte? Todo mundo pode colar. De graça. Sem perrengue.
Quem se apresenta no Afropop Fest?
Só nome grande e representatividade de verdade. Prepare-se para sentir o chão tremer com:
- Bloco Princesas do Ritmo — percussão feita por mulheres negras.
- Adailton Swing (Pagodão Bahiano) — a quebradeira como resistência.
- Mestre Jackson — precursor do Samba Reggae e do Axé Music.
- Adilto Black — fundador do evento e dono do groove do Afro Pop.
- Mestra Fernanda — potência do Samba de Roda.
- Everton Chemin (Funti) & Emerson Groove — os ritmos da Guiné direto pra cá.
- Felipe Barão Jr — samba no pé e no coração.
- Sil Duarte — breaking com alma e memória.
- Djanko Camara — dança mandinga raiz, vinda da Guiné.
- Mitay e DJ C-Rock — representando o hip hop, o turntablism e a resistência urbana.
Programação completa do Afropop Fest Curitiba 2025
(sujeita a alterações sem aviso prévio)
📅 Sábado – 10/05
🕙 A partir das 10h
- 10h15 – Boas-vindas com Bloco Princesas do Ritmo
- 10h30 – Oficina: Tambores de Rua com Mestre Jackson
- 11h30 – Show: Pagodão Bahiano com Adailton Swing
- 12h30 – Oficina: Afropop com Adilto Black
- 12h40 – DJ C-Rock
- 14h00 – Oficina: Pagodão Bahiano com Adailton Swing
- 14h15 – Show: Rufar dos Tambores com Mestre Jackson
- 15h15 – Show: Afropop com Adilto Black
- 15h45 – Oficina: Ritmos Afro Baianos com Emerson Groove
- 16h15 – Show: Despertar Ancestral com Mestra Fernanda
- 17h15 – Oficina: Despertar Ancestral com Mestra Fernanda
- 18h30 – Show: Baianidade com Everton Chemin (Funti)
📅 Domingo – 11/05
🕙 A partir das 10h
- 10h30 – Oficina: Terapia Malinke com Djanko Camara
- 11h30 – Show: Djanko Camara
- 12h30 – Oficina: Samba Passos de Discotecas com Felipe Barão
- 13h30 – Show: Samba no Pé com Felipe Barão
- 14h30 – Oficina: Resistindo Apesar da Resistência com Sil Duarte
- 15h30 – Performance: Resistindo Apesar da Resistência com Sil Duarte & Fer Terra
- 16h30 – Show: Mitay
- 17h30 – Encerramento com DJ C-Rock
Onde e quando acontece o Afropop Fest?
📍 Memorial de Curitiba
📅 Sábado e domingo, 10 e 11 de maio
🕙 A partir das 10h da manhã
Endereço: Rua Dr. Claudino dos Santos, 79 – São Francisco, Curitiba (PR)
Entrada gratuita. Acessibilidade garantida: intérpretes de Libras, audiodescrição, cadeiras de rodas e para obesos.
Fica de olho:
A programação pode mudar, mas a energia é garantida. Então já segue lá no Insta: @afropopfestcwb e também no Facebook. Porque o algoritmo pode até não entender o que é axé, mas a gente entende — e faz ele trabalhar pra gente.