Um caminhão de nostalgia acaba de desembarcar na cidade, desta vez, com gostosas risadas e carisma de sobra dos jovens irmãos tartaruga que tanto fizeram parte da vida de nós, millennials (outras gerações estão proibidas por lei de gostar, ouviram?). Após Miles Morales entregar em 2023 uma altíssima qualidade nos cinemas com o longa Homem-Aranha: Através do Aranhaverso, que traz para nosso parâmetro um AC/DC para análise, temos a estreia de um fenômeno que sempre estará em nossos corações e, creio eu que, abrindo com 95% de aprovação no Tomate Estragado (vulgo Rotten Tomatoes), marcará uma nova era para a animação ser eternizada na história do cinema. As Tartarugas Ninja: Caos Mutante é um longa lindo do começo ao fim. O Tio Alison foi assistir e conto abaixo um pouco da produção, sempre sem spoilers, criançada (ouviram, @críticos?). 

Sinopse

Os irmãos Leonardo, Donatello, Raphael e Michelangelo, jovens tartarugas habitantes dos esgotos de Nova York, vivem isolados da sociedade e, cansados de não serem aceitos como adolescentes normais, decidem enfrentar um misterioso crime mas logo se metem em confusão quando um exército de mutantes é lançado sobre eles. Dispostos a conquistar o coração dos nova iorquinos, eles embarcam nessa missão repleta de aventura e desafios. 

Uma estética de brilhar os olhos (e o coração) 

Trago aqui um dos grandes pontos que gerou uma paixão absurda pelo longa, uma estética de encantar pelos detalhes, sua leve pegada de animação em quadrinhos sobressaltando os riscos e sombreados à lápis, além de um quentinho no coração ao ver cenas cheias de amor e carinho. 

 As Tartarugas Ninja: Caos Mutante | Uma animação linda, sensível e que marca um recomeço {Crítica}
Imagem: Paramount / Divulgação

A estética de As Tartarugas Ninja: Caos Mutante é um presente para os olhos atentos que adoram se emocionar com uma boa animação, que sentem em cada movimento uma empolgação com mistura de nostalgia — principalmente para quem viveu a época marcante deste desenho impecável que marcou uma geração. 

Sendo bastante comparado com o marco de 2023 que foi a animação de Homem-Aranha: Através do Aranhaverso, este longa perpetua talvez esta nova geração de estética das animações no cinema, carregando nos traços a nostalgia mas também algo que nos arrebata nas telas do cinema, o que na minha humilde opinião, confere um peso gigantesco na nossa experiência nas salas de cinema. 

Quem não quer irmãos carismáticos?

 As Tartarugas Ninja: Caos Mutante | Uma animação linda, sensível e que marca um recomeço {Crítica}
Imagem: Paramount / Divulgação

Como sempre, um humor leve, afiado e gostoso. Se você estava com saudade de rir desses irmãos maravilhosos, esta é uma grande oportunidade de se sentir em casa. Mesmo com uma roupagem mais adolescente dos jovens Leonardo, Donatello, Raphael e Michelangelo, temos um humor muito característico que não pende tanto para o humor meio confuso, desordenado, estranho e irritante dos adolescentes da geração atual (isso não foi uma crítica, juro), mas foca em um humor leve e gostoso de presenciar, preenchendo muito bem nas cenas e nos fazendo apaixonar pelo carisma único dessas tartarugas perfeitas. 

Uma história bem construída e desenvolvida 

Desde o seu início, o longa consegue entregar uma história com coesão, bom desenvolvimento e uma pitada de sensibilidade para trazer o amor pela família e, principalmente, a vida em sociedade que às vezes leva ao isolamento de quem não se encaixa com a “vida normal”. De fato, temos críticas? Temos um pouco de críticas sociais, mas nada muito aprofundado. O que nos impacta é o jeito de contar a história, com toda sua melancolia, alegria, força, determinação e coragem. 

Uma trilha sonora impecável 

Combinando com toda a roupagem urbana nova iorquina do longa, temos uma trilha sonora que nos deixa ainda mais vidrados nas tartarugas mais imersas na cultura urbana, que vai muito além da pizza de pepperoni e os grafites das ruas. Ok, certo que não chega nem aos pés da trilha sonora exclusiva feita para o Miles Morales, um trabalho impecável do artista Metro Boomin. Mas já é algo que agrega bastante na experiência do longa. 

Vilões apaixonantes 

 As Tartarugas Ninja: Caos Mutante | Uma animação linda, sensível e que marca um recomeço {Crítica}
Imagem: Paramount / Divulgação

O que seria de um bom longa sem seus vilões para atazanar a vida dos mocinhos? Com uma pegada bem diferente do vilanismo e um storytelling ótimo por trás dos acontecimentos, temos vilões que nos deixam vidrados na tela por suas personalidades incomuns, com uma pegada urbana entre o rock e o hip hop e a cultura urbana no geral. 

Um recomeço em grande estilo

 As Tartarugas Ninja: Caos Mutante | Uma animação linda, sensível e que marca um recomeço {Crítica}
Imagem: Paramount / Divulgação

Para transformar uma boa história e eternizar ainda mais a presença na nossa memória, este longa é um excelente recomeço para o clássico que tanto amamos.  As Tartarugas Ninja: Caos Mutante é um presente, com toda sua estética intensa e uma história bem contada em cada um de seus detalhes e unicidade de cada um dos personagens. Que este longa seja um convite para você valorizar os detalhes da vida e se conectar com a criança que vê o mundo não com os olhos do mundo, mas com o coração. 

Confira o trailer oficial de Tartarugas Ninja: Caos Mutante (2023) que estreia nesta quinta-feira, 31 de Agosto, nos cinemas do Brasil.

Escrito por

Alison Henrique

Publicitário, Empresário, Dançarino, Cantor, Estudante de Filosofia e, claro, APAIXONADO por Cinema, Arte, Música e Livros. Crítico de Cinema aqui no {Des}Construindo o Verbo com muito sentimento, emoção e boas reflexões pra gente mergulhar nas obras do cinema contemporâneo. Seja Ficção, Drama, Romance, DC, Marvel, Ficção Científica, Bom, Ruim, Médio ou Péssimo. A gente sempre vai se encontrar por aqui pra discutir um pouco sobre tudo. Instagram: @alisonxhenrique.