Whitney Houston faz parte da história de muita gente. Há quem diga que é coisa de mãe, já que Whitney embalou uma geração inteira de mães apaixonadas por suas canções. A minha, por exemplo, tem o filme O Guarda-Costas (1992) como seu preferido até hoje. Enquanto isso, minha irmã (hoje também mãe), alcançava notas singelas de I Will Always Love You no banho. Eu sempre me apaixonava pela voz, pelas notas e pelas performances, seguindo até hoje encantado com essa mulher perfeita que marcou gerações.

Desde que era apenas uma menina do coro de New Jersey até à carreira mundial como uma das artistas mais vendidas e premiadas de todos os tempos, “I Wanna Dance With Somebody” transporta o público numa viagem pungente e emocional pela vida e carreira de Whitney Houston, através dos espectáculos e dos êxitos mais populares, do sucesso e dos dramas que preencheram a sua vida.

Uma história complexa com inúmeros acontecimentos 

Para você que está esperando por muitas emoções ao assistir este longa, prepare-se para processar uma história conturbada e cheia de altos e baixos da vida de Whitney Houston. 

Certamente não estava esperando encontrar algo tão complexo e não imaginava que a vida da nossa diva tenha tido tantos acontecimentos. De certa forma, o roteiro de Anthony McCarten fez a revolução para contar tantas coisas e passar por tantos pontos da trajetória de Whitney. Em alguns momentos, a história pode parecer um pouco confusa e até mesmo rápida demais e sem aprofundamento em partes importantes. Mas acredite, não teria como ser diferente (acredito eu). 

Na minha humilde opinião, I Wanna Dance With Somebody abordou a história de Whitney na medida certa, dando mais ênfase ao que a cantora era e o que de fato ela sentia, do que outros pontos descolados de sua verdade. Com a direção de Kasi Lemmon, acredito que o longa focou em uma realidade que vai de encontro com a autenticidade de Houston. 

Naomi Ackie entrega uma interpretação de carreiras 

Os olhares, trejeitos, modo de agir, de falar, de interpretar nas performances, enfim. Naomi consagra uma atuação extremamente impecável ao reviver Whitney Houston nos cinemas, nos presenteando como uma estrela brilhando em cada cena. 

Assistindo ao longa, é possível sentir exatamente o que Naomi carrega em seu olhar. Raiva, paixão, angústia, medo, compaixão. Junto à sua potencial vocal, temos uma interpretação de grande impacto e que imprime o real sentido de contar a história de alguém que marcou gerações. Sem dúvida alguma, Naomi reviveu Whitney Houston em sua essência e fez isso sem esforços. 

A verdadeira Whitney Houston 

Era difícil pensar até hoje, quem foi a verdadeira Whitney Houston e como foi sua real história por trás de tanto talento e perfeição nos palcos na atuação. Sua beleza ao cantar e performar imprime uma grandiosidade em cada nota alcançada em sua voz. O difícil, era saber que Whitney buscava uma força que não tinha para carregar tanta grandeza. 

Uma mulher negra que sofre demais. Esta é uma das definições que mais marcou o longa pra mim. Whitney teve que enfrentar batalhas difíceis em sua família, negócios, vida pessoal, saúde mental e em sua carreira. O longa nos dá uma noção da luta que foi ser Whitney Houston, uma estrela a frente de seu tempo, em uma época onde ela era grandiosa demais. Ela não cabia naquela geração. 

Cada nota emociona, arrepia e eterniza a voz icônica de Whitney 

O ponto alto do longa não deveria ser outro. Os musicais, performances e cenas de músicas trouxeram um saudosismo satisfatório em sentir a experiência da discografia de Whitney na tela do cinema. Me arrepiei do começo ao fim em cada interpretação das músicas e, principalmente, me emocionei com aquelas canções que marcaram minha história.

A escolha das canções e como foram dispostas na narrativa do filme, ofereceram um modo contemplativo e até mesmo satisfatório em acompanhar a evolução da lenda através dos anos, dos sucessos e da sua voz marcante interpretando cada uma das músicas. Foi um show a parte e que me fez derramar algumas gostosas lágrimas em homenagem a nossa maravilhosa Whitney. 

O longa é o paraíso para quem leva Whitney em seu coração

Para quem é fã. Para quem não é, mas quer conhecer. Para quem conhece pouco e acha interessante. Esse longa vale a pena para guardar um pedacinho de Whitney dentro da gente e se apaixonar por esta mulher única que revolucionou a música. 

Este longa serve para eternizar um grande acontecimento da história em nossos corações. Assim como o Erick, o criador do {Des}Construindo o Verbo e nosso mestre de conteúdo, eternizou a frase “I Will Always Love You” em uma tatuagem no peito, como forma de eternizar sua mãe e a importância desta para sua história. Este é um momento de marcarmos a vida de alguém em nossa história também. Um bom filme para você. 

Me siga no Instagram.

Confira abaixo o trailer de I Wanna Dance With Somebody: A História de Whitney Houston, que estréia nos cinemas nesta quinta-feira, 12 de janeiro. 

Escrito por

Alison Henrique

Publicitário, Empresário, Dançarino, Cantor, Estudante de Filosofia e, claro, APAIXONADO por Cinema, Arte, Música e Livros. Crítico de Cinema aqui no {Des}Construindo o Verbo com muito sentimento, emoção e boas reflexões pra gente mergulhar nas obras do cinema contemporâneo. Seja Ficção, Drama, Romance, DC, Marvel, Ficção Científica, Bom, Ruim, Médio ou Péssimo. A gente sempre vai se encontrar por aqui pra discutir um pouco sobre tudo. Instagram: @alisonxhenrique.