Hoje (7) durante um café coma imprensa, o 13º Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba revelou as produções selecionadas para a edição 2024 para as aguardadas mostras competitivas, sendo a Competitiva Brasileira e a Competitiva Internacional.

O evento, que já havia divulgado algumas de suas mostras pelas redes sociais, agora anuncia os longas e curtas-metragens que disputam pelos prêmios de Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Roteiro, Melhor Atuação, Melhor Direção de Arte, Melhor Fotografia, Melhor Som e Melhor Montagem, no caso dos longas da competitiva brasileira, e Melhor Filme e Prêmio Especial do Júri, para os curtas. Já na Competitiva Internacional, a premiação vai para as categorias Melhor Filme e Prêmio Especial do Júri, para os longas, e de Melhor Filme, para os curtas. O público ainda tem parte essencial nas premiações, uma vez que definirá, por meio de votação popular, o Melhor Filme (longa) e Melhor Filme (curta) das duas mostras. 

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Mostra competitiva Brasileira

Mostra Competitiva Brasileira é composta por 16 produções inéditas, sendo oito curtas e oito longas-metragens. Os longas são:

“A Mensageira”

Do diretor Cláudio Marques, que narra a história de uma mulher preta, chamada Íris, moradora de Salvador e Oficial de Justiça. Em seu trabalho diário, íris anda pela cidade, mantendo contato direto com a população e presenciando questões difíceis e muitas vezes perigosas. Diante de uma determinada situação, ela precisará compreender o real significado da palavra justiça.

A mensageira - Olhar de Cinema

Greice

Do cineasta Leonardo Mouramateus, uma jovem mulher brasileira que estuda e trabalha em Lisboa. Em um dia de trabalho, ela conhece Afonso, cuja relação será o estopim para uma série de acontecimentos que a levarão de volta ao Ceará, sua terra natal.

Greice - Olhar de Cinema

“O Rancho da Goiabada, ou pois é meu camarada não é fácil, fácil não é a vida”,

De Guilherme Martins, que se encontra com diferentes camadas de subalternização do proletariado contemporâneo, transitando entre a área urbana e a rural, entre os “subempregos” e a informalidade na capital paulista, e os “boias-frias” nas plantações de cana do interior do estado.

 “Praia Formosa”

De Julia De Simone, que vagueia por encontros entre personagens e paisagens que reforçam tanto a permanência cruel das raízes coloniais brasileiras, quanto a resiliência e os laços formados pela população afro-brasileira, com atenção especial às mulheres, por meio da protagonista Muanza, uma mulher nascida no Congo e trazida ao Brasil pela escravização.

“Quem é Essa Mulher?” 

De Mariana Jaspe, que leva o público a pegar a estrada junto com a historiadora Mayara em busca das origens de sua pesquisa sobre Maria Odília Teixeira, a primeira médica negra do Brasil.

“Tijolo por Tijolo”,

De Victoria Alvares e Quentin Delaroche, que gira em torno de uma família moradora de Ibura, periferia do Recife, que no início da pandemia da Covid-19, teve que abandonar sua casa devido ao risco de desabamento. Grávida de seu quarto filho e lutando por uma laqueadura, Cris trabalha como influenciadora digital enquanto a família reconstrói sua moradia.

“O Sol das Mariposas”

De Fábio Allon, que traz Marta, uma mulher que luta para manter funcionando o seu sítio de café, após a partida de seu marido, resistindo aos avanços de um emergente agronegócio pelo interior do Paraná da década de 1970. Na medida em que sua relação com a colega Juliana se torna mais forte, o ambiente adverso e conservador se mostra um risco tão grande quanto a promessa das geadas de um inverno inclemente; 

“Um Dia Antes de Todos os Outros”

De Valentina Homem e Fernanda Bond, que traz a jovem Sofia, que improvisa rimas com suas amizades na comunidade em que vive, enquanto sua mãe, Marli, organiza a desocupação do apartamento de classe média alta em que trabalhou por boa parte de sua vida como cuidadora, em que velhos sonhos e novos planos surgem no horizonte desse último dia de trabalho. 

Os curtas-metragens selecionados são

  • “Povo do Coração da Terra”, do coletivo indígena Guahu’i Guyra; 
  • “Capturar o Fantasma”, de Davi Mello; 
  • “Caravana da Coragem”, de Pedro B. Garcia; 
  • “Cavaram Uma Cova no Meu Coração”, de Ulisses Arthur; 
  • “O Lado de Fora Fica Aqui Dentro”, de Larissa Barbosa;
  • Rinha”, de Rita M. Pestana; 
  • “Se Eu Tô Aqui É Por Mistério”, de Clari Ribeiro; e
  • Viventes”, de Fabrício Brasílio. 

Mostra Competitiva Internacional

Mostra Competitiva Internacional é composta por 14 produções de diferentes nacionalidades, como Suíça, Alemanha, Haiti, Palestina, Hungria, França, entre outros. Os seis longas selecionados são:

 “Caminhos Cruzados”

De Levan Akin, em que a jovem Lia precisa encontrar sua sobrinha perdida, Tekla,  e contará com a ajuda de seu jovem vizinho e de uma professora aposentada. Juntos, partem da Geórgia rumo Istambul, onde conhecerá Evrim, uma advogada dedicada à luta por direitos de pessoas trans, para  encontrar Tekla em meio às ruas da cidade;

 “Eu Não Sou Tudo Aqui Que Quero Ser”

De Klára Tasovská, que apresenta a vida e o trabalho da tcheca Libuše Jarcovjákové, transitando entre Praga, Berlim e Tóquio no período da ocupação soviética na então Tchecoslováquia, a contínua e bem documentada busca da fotógrafa por um modo autêntico de ser e de criar nos conduz por universos pouco conhecidos;

Ivo

De Carmen Jaquier e Jan Grassmann, acompanhando de perto os dias de Ivo, uma profissional voltada para cuidados paliativos domiciliares, entre suas visitas regulares a pacientes e o tempo escasso dedicado à vida pessoa. O longa explora com sensibilidade a relação entre cuidado, trabalho e a autonomia sobre os próprios corpos, fazendo coexistir sentimentos tão intensos quanto contraditórios face ao cotidiano da morte;

Os Paraísos de Diane”

De Carmen Jaquier e Jan Grassmann, que traz Diane prestes a dar luz a seu primeiro filho. Apesar de ser um fato social aparentemente banal, esse acontecimento mexerá profundamente com a jovem, que parte em uma jornada sem direção segura em busca de algo que nem ela sabe o que é; 

“As Noites Ainda Cheiram a Pólvora”

De Inadelso Cossa, em que, em Moçambique, o cineasta confronta as memórias desbotadas de sua família e seu país, investigando as fotografias e escutando as memórias, as marcas e as cicatrizes da guerra civil;

Pepe

De Nelson Carlos De Los Santos Arias, em que o narrador diz ser um hipopótamo, o primeiro e único morto nas Américas. Interpretado por diferentes vozes e idiomas ao longo do filme, o narrador transmite pela oralidade, histórias dos lugares por onde passou com senso de humor e inventividade. 

Já os curtas são:

  • Caindo”, de Anna Gyimesi;
  • Contrações”, de Lynne Sachs; 
  • “Desde Então, Estou Voando”, de Aylin Gökmen;
  • Mamántula”, de Ion de Sosa; 
  • “Minha Pátria”, de Tabarak Abbas; 
  • “Nossas Ilhas”, de Aliha Thalien; 
  • “Sonhos como Barco de Papel”, de Samuel Suffren;  
  • “Uma Pedra Atirada”, de Razan AlSalah. 

“O Olhar de Cinema de 2024 contará com estreias mundiais, reunindo produções vindas de diferentes países, como Haiti, Palestina, França, Espanha, Suécia, Líbano, entre outros, além de filmes brasileiros que chegam às telonas pela primeira vez, e abordam diferentes temas, propondo um novo olhar direcionado à sétima arte”

comenta Antonio Gonçalves Junior, diretor do Olhar de Cinema.

 O 13ª Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba, ocorre de 12 a 20 de junho, contará com mais de 80 filmes, entre longas e curtas-metragens, que serão exibidos nas salas do Cine Passeio, no Cinemark Mueller e também na Ópera de Arame.

Saiba mais sobre o 13ª Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba,

Escrito por

Erick Sant Ana

Redator, negro, TDAH, amante da cultura geek e de uma boa coquinha gelada. Adoro histórias, sejam elas contadas através de livros, filmes, séries, HQs ou até mesmo fofocas. Sempre vi nos livros não apenas uma válvula de escape, mas também uma forma de diversão. Com o tempo, essa paixão se expandiu para o universo dos filmes e das séries. Após anos sem ter com quem compartilhar essas paixões, decidi falar sobre elas na internet.