Precisamos falar sobre o racismo de Monteiro Lobato

É difícil falar da história da literatura brasileira, sem falar de Monteiro Lobato. O Sítio do Pica-Pau Amarelo, faz parte do imaginário popular até hoje, acontece que o autor era extremamente racista e isso é bem perceptível em sua obra.

A Tia Nastácia, por exemplo, sempre tinha a cor da sua pele trazida como “vocativo”, mas de forma pejorativa: “não vai escapar ninguém, nem Tia Nastácia, que tem a carne preta”, diz Emília em um dos livros.

"Macaca de carvão", "Carne preta", "Beiçuda", "um frangalho de nada", eram algumas das formas que Monteiro Lobato retratava personagens negros em seus livros.

Em 2010 foram reveladas diversas cartas em que Monteiro Lobato elogiava a Ku Klux Klan, além de ser um membro da Sociedade Eugênica de São Paulo.

Imagem site ppaberlin

Um dia se fará justiça ao Ku-Klux-Klan; tivéssemos aí uma defesa desta ordem, que mantém o negro em seu lugar, e estaríamos hoje livres da peste da imprensa carioca

Mas as coisas não param por ai, em  1926 o autor lançou a obra “O Presidente Negro”, a fim de atingir o publico norte-americano, onde trazia muito desses seus pensamentos racistas.

Na historia, que se passa no ano de 2228, os EUA elege o primeiro presidente negro e a elite branca arma um plano para extinguir os negros: tudo em prol da supremacia da raça ariana e a criação de uma Supercivilização ariana.

Em 2020, Cleo Monteiro Lobato, bisneta do autor, adaptou o clássico “A Menina do nariz Arrebitado'', excluindo falas racista. 98% do material original foi mantido, mas as passagens preconceituosas a respeito da Tia Nastácia foram excluídas.

LEIA TAMBÉM

White Dotted Arrow
White Dotted Arrow
Instagram

Me siga em: