Quando começa a tocar a trilha sonora a empolgação é instantânea. Esta é a melodia que tocava na minha infância. Passou de mãe para filho, como um legado de cultura e bons momentos. Com seu primeiro filme lançado em 1984, a franquia Ghostbusters ganhou o coração de fãs fiéis ao redor do mundo, levados pelo espírito (ou espíritos talvez) de caça-fantasmas e um humor único e irreverente. Agora, em novos tempos, diria que tempos modernos e contemporâneos demais para continuar franquias de sucesso do passado, o perigo e se perder ou não entregar algo tão grandioso e empolgante quanto esta obra icônica, atemporal e memorável. “Ghostbusters: Apocalipse de Gelo” é o novo capítulo que chega aos cinemas para tentar honrar um legado e conquistar ainda mais o coração dos fãs, mas será que vai conseguir? Após o longa de 2021, “Ghostbusters: Mais Além“, que foi bem recebido pelo saudoso público, o novo filme desta saga traz novos desafios para a família Spengler nos ganhar no carisma e revolucionar nas bilheterias do cinema.
Sinopse
A família Spengler retorna ao icônico quartel de Nova York, onde os Caça-Fantasmas originais atuaram em seus anos de glória. Quando a descoberta de um artefato antigo desencadeia uma força maligna, novos e antigos Caça-Fantasmas precisam se unir para proteger seu lar e salvar o mundo de uma segunda era glacial.
Uma narrativa interessante x Execução rápida e superficial demais
Todos os recursos da narrativa prometem entregar uma história recheada de aventuras, elementos históricos e até mesmo ancestrais, mas a execução deixa a desejar por não aprofundar o que é necessário para dar mais peso à história e contextualizar melhor outros pontos que, sem dúvidas, deixarão fãs como eu, carentes de uma abordagem mais carinhosa e atenciosa com o longa.
Acredito que o que mais tenha incomodado mesmo é a superficialidade como que se deram os fatos e a falta de um melhor desenvolvimento da trama, que acontece em um tempo válido e um ritmo aceitável, mas não condiz com a estrutura seguida nos longas anteriores da franquia, que teve um certo cuidado ao injetar mais personagens e elementos que contribuem com a narrativa.
Personagens com excelente potencial, mas mal trabalhados
‘Ghostbusters: Apocalipse de Gelo’ traz uma coisa que, ouso dizer, mas não tivemos nos filmes anteriores — personagens um pouco superficiais e com papéis perdidos no meio da trama e entre tantos acontecimentos do enredo. Parece que não houve um compromisso e pegar cada personagem pela mão e apresentar melhor suas personalidades ou até mesmo criar uma conexão mais verdadeira e empática com o público. Afinal, temos personagens lendários da saga que conquistam até hoje nossos corações com seu carisma e personalidade inconfundíveis. Onde está isso então? Ficamos aqui na torcida para que explorem muito o potencial de todos os personagens com o intuito de trazer mais peso, consistência e envolvimento com o longa.
Será que em “Ghostbusters: Apocalipse de Gelo” faltaram fantasmas para termos mais emoção?
Será que este será um sentimento somente meu ou mais pessoas terão esta sensação? Mesmo que a narrativa contribua um pouco com isso, nós temos talvez um distanciamento tanto de novos fantasmas, quanto dos antigos que não conseguem estabelecer uma participação de grande impacto no longa. Mas acredito que não seja a questão de quantidade, mas de conexão com a história e um melhor envolvimento com a trama, o que pode fazer sentido quando analisamos a conexão de todos os pontos narrativos e como se relacionam entre si para dar vida a este longa.
O longa é divertido e levemente empolgante, mas não supera os outros da franquia
Diria que este é um arroz e feijão bem feitos, mas falta um bom tempero para entregar um bom capítulo da saga que apaixone e deixe marcas para este espectador tão nostálgico e apaixonado pela franquia. ‘Ghostbusters: Apocalipse de Gelo’ mesmo com suas falhas e pontos a melhorar, consegue entregar um filme divertido e prazeroso de assistir, que chega a empolgar e render algumas boas risadas antes do apocalipse de gelo tentar congelar nossa franquia preferida, mas claro, é a nostalgia que aquece nossos corações.
